Congestionamento Máximo

O congestionamento portuário nas infra-estruturas de contentores continua a reinar, intensificando temores de uma cadeia logística global cada vez mais morosa e dispendiosa. Se na China se amontoam os navios porta-contentores nos portos mais movimentados, também na Costa Oeste dos Estados Unidos da América o cenário se repete: o número de navios a aguardar para atracar em Los Angeles e Long Beach atingiu novo máximo: 41.

Congestionamento actual ultrapassa nível de Fevereiro

Congestionamentos portuários persistem e atingem novos máximos nos EUA na Costa Oeste, onde os grandes portos contentorizados se situam; ao mesmo tempo sobem também as taxas de frete de contentores. Encontram-se, agora, 41 navios porta-contentores fundeados na Baía de São Pedro, esperando para atracar em Los Angeles e Long Beach. Este registo ultrapassa o anterior máximo, fixado em Fevereiro, de 40 de porta-contentores.

As duas infra-estruturas portuárias não têm, agora, mãos a medir: encontram-se atracados 33 navios nos dois portos americanos. O mais recente aumento de navios nos portos do sul da Califórnia é atribuído, em parte, aos carregadores que agiram em antecipação para tentarem bater o congestionamento que se verifica nas temporadas altas. Tentando aumentar os stocks em antecipação, geraram maior entropia logística.

De acordo com a empresa “project44“, especializada em soluções tecnológicas e digitais, o processamento dos fluxos de contentores nos portos da Costa Oeste dos EUA enfrenta graves constrangimentos de capacidade, com as operadoras rodoviárias e ferroviárias a ressentirem-se directamente dos congestionamentos e atrasos nos portos. Apesar das boas performances dos portos americanos, dadas as árduas circunstâncias, os constrangimentos logísticos estão longe de uma resolução.

Desencontro capacidade/volume entre mar e terra

«Embora a infra-estrutura portuária e o staff tenham um desempenho admirável dadas as circunstâncias, o desencontro capacidade/volume entre os portos e o transporte terrestre poderá mesmo piorar nas próximas semanas, preparando terreno para outro ponto de ruptura nas cadeias de abastecimento», explicou a analista “project44”. Efectivamente, o cenário de disrupção poderá continuar, sendo um fenómeno de longo prazo.

Fonte: Revista CARGO